A indústria metalúrgica e metalomecânica, o setor mais exportador da economia portuguesa, com um crescimento de 40% das vendas ao exterior desde o início da década, precisa, no imediato, de 10 mil trabalhadores para continuar a crescer. Isto, porque as estimativas são de que, até ao final do ano, esse número duplique e sejam 20 mil os operários em falta. No total, as 15 mil empresas do setor dão emprego a 200 mil pessoas. No entanto, é necessário investimento na área da formação profissional, de modo a formar os profissionais necessários para alimentar este setor em constante expansão.

O setor da indústria metalúrgica e metalomecânica tem sido muito dinâmico na captação de investimento direto estrangeiro pelo que o número de trabalhadores em falta vai rapidamente duplicar, até pelo número muito significativo de novas empresas, sendo destas um grande número de empresas estrangeiras, que estão a abrir em Portugal, na zona do Alto Minho, mas não só.

Para já, o setor vai de vento em popa. As exportações cresceram 16% nos primeiros quatro meses do ano, números muito animadores e que permitem antecipar um novo recorde no final do ano, por uma margem significativa.

Mas nem só a mão-de-obra preocupa o setor, o financiamento também. Há muitas empresas de grande potencial e solidez prejudicadas na concessão de crédito, porque há uma dificuldade generalizada da banca portuguesa em compreender as PME, que têm de ser analisadas de acordo com a realidade que protagonizam e não pelas regras das grandes empresas.

Fonte: Jornal “Dinheiro Vivo”